segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Os 46 Estágios do Twitter

por Fabio Polato



Essa lista, com ampla repercurssão nas redes e no Twitter, ilustra bem o quanto a inserção do neófito nessa plataforma pode ser um processo lento, conflituoso e complicado. Apesar de todas as dificuldades, as recompensas podem ser muitas para aqueles que superam as etapas obrigatórias de adaptação a esse novo ambiente. Depois de passar pelos diversos “ritos ininciáticos” de inserção no Twitter, o usuário descobre uma nova dinâmica comunicacional.


Para que isso ocorra da melhor forma possível é crucial planejar a inserção no Twitter com antecedência. No caso de profissionais que têm reputação a zelar dentro e fora da rede, e de marcas que queiram criar bons relacionamentos on-line, esse cuidado é ainda mais importante. Apesar de existir a opção de restrição de acesso ao conteúdo dos tweets de um usuário, essa restrição é acionada por uma parcela ínfima dos usuários. O acesso livre e aberto aos conteúdos postados pelos usuários é quase uma regra geral.


Uma estratégia inteligente de inserção no Twitter deve definir cuidadosamente quais serão as fontes e natureza do conteúdo para que será veiculado externamente pelo microblog pessoal do usuário – fluxo externo. A natureza  Always on da conexão através do Twitter transforma a dinâmica tradicional de input vs output ( que remete à ideia de transmissões pontuais de conteúdo) em um entrelaçamento informacional contínuo entre inflow e outflow. 

1 – Ouvi falar do Twitter. Pestanejar.

2 – Ouvi outra pessoa falar do Twitter. Pestanejar mais uma vez.

3 – Ouvi falar que alguma celebridade está usando o Twitter. Pestanejar, mas dessa vez prestando atenção.

4 – Entrar no Facebook para compensar.

5 – Entrar no Twitter.

6 – Desistir porque parece estúpido.

7 – Criticar veementemente quem está no Twitter.

8 – Seguir @lucianohulk, @marcelotas, @arnaldojabor, @caetanoveloso e a única pessoa que você conhece na vida real.

9 – Postar um Tweet, que é uma variante de “experimentando este negócio”.

10 – Tentar se aprofundar um pouco no Twitter.

11 – Notar o uso de palaras estranhas como: Tweet, Twitter, Twitterverse, Tweetie, Tweetdeck, e uma coisa chamada “ RT”.

12 – Pestanejar de novo, mas dessa vez se sentindo confuso.

13 – Dizer aos amigos que você “tentou esse negócio de Twitter, mas achou que era uma bobagem”.

14 – Entrar no Facebook porque pelo menos o Facebook você entende.

15 – Ler um artigo sobre o Twitter em algum lugar.

16 – Entrar no Twitter.

17 – Tentar evitar usar as palavras Tweet, Twitter, Twitterverse, Tweetie, Tweetdeck e Retweet.

18 – Responder ao tweet de @fulanodetal

19 – Arrepender-se dessa recaída.

20 – Passar os próximos quatr meses de fora.

21 – Entrar de novo, só pra ver.

22 – Postar alguma coisa engraçada.

23 – Ser retuitado!

24 – Descobrir que RT que dizer Retweet.

25 – A missão da sua vida agora é ser retuitado

26 – Instalar o Twitter no seu celular

27 – Perder a vergonha de dizer: “Preciso retuitar isso”

28 – Fazer coisas só para tuitar sobre elas.

29 – Cruzar os dedos para levar um RT.

30 – Recarregar a página. Recarregar a página. Recarregar a página. Recarregar a página.

31 – Desligar o computador.

32 – Ligar o computador. Recarregar a página. Recarregar a página.

33 – Formular frases em 140 caracteres.

34 – Checar o Twitter  pelo celular o dia inteiro.

35 – Tuitar que você está obcecado pelo Twitter.

36 – Dar menos atenção aos seus amigos e família para tentar impressionar quem você não conhece.

37 – Emagrecer porque você não se lembra mais de comer.

38 – Deixar o celular do lado da cama para checar o Twitter logo de manhã.

39 – Dfender o Twitter até a morte!

40 – Perceber de repente que você está se tornando “@vocêmesmo”.

41 – Começar a sentir seu ego se inflando.

42 – Jurar que você vai sair do Twitter para manter a sanidade mental.

43 – Ler esta lista e mudar de ideia.

44 – Pensar de novo: “Humm, que preciso tuitar isso”.

45 – Reconhecer a ironia de tudo isso.

46 – Postar no Twitter.



Fonte: Redes sociais digitais -  Lucia Santelha Renata Lemos - 2010