Essa
lista, com ampla repercurssão nas redes e no Twitter, ilustra bem o quanto a
inserção do neófito nessa plataforma pode ser um processo lento, conflituoso e
complicado. Apesar de todas as dificuldades, as recompensas podem ser muitas
para aqueles que superam as etapas obrigatórias de adaptação a esse novo
ambiente. Depois de passar pelos diversos “ritos ininciáticos” de inserção no
Twitter, o usuário descobre uma nova dinâmica comunicacional.
Para que
isso ocorra da melhor forma possível é crucial planejar a inserção no Twitter
com antecedência. No caso de profissionais que têm reputação a zelar dentro e
fora da rede, e de marcas que queiram criar bons relacionamentos on-line,
esse cuidado é ainda mais importante. Apesar de existir a opção de restrição de
acesso ao conteúdo dos tweets de um usuário, essa restrição é acionada por uma
parcela ínfima dos usuários. O acesso livre e aberto aos conteúdos postados
pelos usuários é quase uma regra geral.
Uma
estratégia inteligente de inserção no Twitter deve definir cuidadosamente quais
serão as fontes e natureza do conteúdo para que será veiculado externamente
pelo microblog pessoal do usuário – fluxo externo. A natureza Always on da conexão através do Twitter
transforma a dinâmica tradicional de input vs output ( que remete à
ideia de transmissões pontuais de conteúdo) em um entrelaçamento informacional
contínuo entre inflow e outflow.
1 – Ouvi falar do Twitter. Pestanejar.
2 –
Ouvi outra pessoa falar do Twitter. Pestanejar mais uma vez.
3 –
Ouvi falar que alguma celebridade está usando o Twitter. Pestanejar, mas dessa
vez prestando atenção.
4 –
Entrar no Facebook para compensar.
5 –
Entrar no Twitter.
6 –
Desistir porque parece estúpido.
7 –
Criticar veementemente quem está no Twitter.
8 –
Seguir @lucianohulk, @marcelotas, @arnaldojabor, @caetanoveloso e a única
pessoa que você conhece na vida real.
9 –
Postar um Tweet, que é uma variante de “experimentando este negócio”.
10 –
Tentar se aprofundar um pouco no Twitter.
11 –
Notar o uso de palaras estranhas como: Tweet, Twitter, Twitterverse,
Tweetie, Tweetdeck, e uma coisa chamada “ RT”.
12 –
Pestanejar de novo, mas dessa vez se sentindo confuso.
13 –
Dizer aos amigos que você “tentou esse negócio de Twitter, mas achou que era
uma bobagem”.
14 –
Entrar no Facebook porque pelo menos o Facebook você entende.
15 –
Ler um artigo sobre o Twitter em algum lugar.
16 –
Entrar no Twitter.
17 –
Tentar evitar usar as palavras Tweet, Twitter, Twitterverse, Tweetie,
Tweetdeck e Retweet.
18 –
Responder ao tweet de @fulanodetal
19 –
Arrepender-se dessa recaída.
20 –
Passar os próximos quatr meses de fora.
21 –
Entrar de novo, só pra ver.
22 –
Postar alguma coisa engraçada.
23 –
Ser retuitado!
24 –
Descobrir que RT que dizer Retweet.
25 – A
missão da sua vida agora é ser retuitado
26 –
Instalar o Twitter no seu celular
27 –
Perder a vergonha de dizer: “Preciso retuitar isso”
28 –
Fazer coisas só para tuitar sobre elas.
29 –
Cruzar os dedos para levar um RT.
30 –
Recarregar a página. Recarregar a página. Recarregar a página. Recarregar a
página.
31 –
Desligar o computador.
32 –
Ligar o computador. Recarregar a página. Recarregar a página.
33 –
Formular frases em 140 caracteres.
34 –
Checar o Twitter pelo celular o dia
inteiro.
35 –
Tuitar que você está obcecado pelo Twitter.
36 –
Dar menos atenção aos seus amigos e família para tentar impressionar quem você
não conhece.
37 –
Emagrecer porque você não se lembra mais de comer.
38 –
Deixar o celular do lado da cama para checar o Twitter logo de manhã.
39 –
Dfender o Twitter até a morte!
40 –
Perceber de repente que você está se tornando “@vocêmesmo”.
41 –
Começar a sentir seu ego se inflando.
42 –
Jurar que você vai sair do Twitter para manter a sanidade mental.
43 –
Ler esta lista e mudar de ideia.
44 –
Pensar de novo: “Humm, que preciso tuitar isso”.
45 –
Reconhecer a ironia de tudo isso.
46 –
Postar no Twitter.
Fonte: Redes
sociais digitais - Lucia Santelha Renata
Lemos - 2010