Papel Social

CNPq e Capes vão com reitores a universidades dos EUA para ampliar vagas de estudantes brasileiros

Missão negocia melhores taxas e condições para ampliar inserção de alunos do Brasil nos Estados Unidos.

Dos dias 18 de fevereiro a 3 de março, os presidentes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius Oliva, e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Guimarães, visitam universidades dos Estados Unidos para negociar vagas e melhores condições para receber alunos brasileiros. Integram a comitiva com 24 pessoas, três reitores dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia - Cláudia Schiedeck (IFRS), Cláudio Ricardo Gomes de Lima (IFCE) e Raimundo Vicente Gimenez (IFRO) - e reitores de Universidades Federais.



A missão brasileira vai visitar Universidades norte-americanas em três grupos que vão percorrer simultaneamente as regiões Oeste, Meio-Oeste e Leste, concluindo a visita em Washington com uma reunião para mapeamento da situação e avaliação dos resultados.



Enquanto 80 mil estudantes chineses hoje fazem estudos de Ph.D em universidades norte-americanas, o Brasil conta com apenas cinco mil alunos de doutorado nos Estados Unidos - a soma de bolsas da Capes e CNPq -, disse o reitor do IFCE, Cláudio Ricardo Gomes de Lima. Ele integra o grupo que vai fazer o roteiro nas universidades da Carolina do Norte, Filadélfia, Nova York, Boston e Washington.



O esforço para ampliar o número de estudantes brasileiros nos Estados Unidos faz parte do programa Ciência sem Fronteiras, lançado em junho de 2011 pela presidente Dilma Rousseff com os ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação, com o objetivo de levar 101 mil alunos para cursos em universidades do exterior.



O programa Ciência sem Fronteiras conta com orçamento de cerca de R$ 3,1 bilhões do governo federal, destinados a 75 mil bolsas durante quatro anos, informa o presidente do CNPq, Glaucius Oliva. O Programa de Mobilidade Internacional da Ciência brasileira visa ainda atrair jovens doutores talentosos e pesquisadores senior para se fixarem no Brasil.



O CNPq entra com cerca de R$ 1,4 bilhão (35 mil bolsas) e a Fundação para o Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação, participa com R$ 1,7 bilhão (40 mil bolsas). Do total de bolsas, 27.100 são destinadas à graduação; 24.600 para doutorado (um ano); 9.790 para doutorado de quatro anos; 8.900 para pós doutorado de um ou dois anos; 2.660 para estágio sênior; 700 para treinamento de especialistas de empresas no exterior por até um ano; 860 para jovens cientistas de grande talento (três anos) e 390 para a atração de pesquisadores visitantes especiais para o Brasil.

(Flaminio Araripe para o Jornal da Ciência)