JORNALISMO

Folha recebe inscrições para o seu curso de jornalismo

 

Redação Comunique-se

Depois de 24 anos formando comunicadores, o curso da Folha de São Paulo abre inscrições para a 54ª turma de treinamento em jornalismo. Com objetivo de "trazer para o jornalismo jovens talentosos com propensão para a profissão", o programa já formou mais de 500 profissionais.
O curso tem inscrições abertas até o dia 15 de março e pode ser feito por "jovens talentosos" com curso superior ou em andamento. Dentre as atividades propostas está a produção de texto e vídeo, além de entendimento de infográficos e jogos interativos.
De acordo com o veículo de comunicação, quem realiza o curso geralmente fica na empresa. "Dezenas ocupam cargos de destaque no Grupo Folha e em jornais, revistas, TVs, rádios e empresas de todo o país". Para participar, o candidato deve entrar na página do jornal na internet.

O jornal e a dependência das agências




Restabelecer a exigência do diploma é a saída

  Por Valério Cruz Brittos e Eduardo Silveira de Menezes

  O fim da exigência de diploma para o exercício da profissão de jornalista, conformado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em junho de 2009, atende aos interesses de uma minoria, contribuindo para a flexibilização das relações de trabalho e, em decorrência, o aumento do desemprego. Recentemente, o jornal Folha de S.Paulo demitiu dezenas de profissionais, sob o pífio argumento de que precisaria enxugar seu quadro funcional. Segundo o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, a alegação é injustificada, pois o faturamento daquela empresa só tem aumentado nos últimos anos.

Estas práticas contribuem para a fragilização da categoria, propiciando aos empresários da comunicação realizarem acordos trabalhistas cujo interesse é assegurar lucros crescentes. O piso salarial do jornalista, no estado de São Paulo, corresponde a R$ 1.940,00 reais, por cinco horas diárias de trabalho. Se tal valor é baixo, a incorporação de freelancers e a utilização de estagiários implicam uma economia ainda mais significativa nos gastos com mão de obra qualificada. Obviamente, isto não atende aos interesses da população, pois é reforçada a massificação desta atividade, cada vez mais menosprezada pelos donos da mídia.

Mudança de foco

O discurso hegemônico procura introjetar no senso comum a ideia de que, como todos são livres perante a lei, não pode haver restrições quanto à produção de conteúdos. Segundo esta perspectiva, qualquer tentativa de cercear este direito seria uma afronta à liberdade de expressão e de imprensa, o que evidencia apenas o que há de superficial neste debate. Os jornalistas profissionais não são contrários à livre produção de conteúdos, sobretudo considerando a crescente popularização da internet e a pluralidade de blogs e plataformas de distribuição de vídeo, que, em alguma medida, contribuem para democratizar a comunicação.

Acontece que muitas produções pretensamente alternativas apenas reproduzem a lógica da indústria cultural, sem romper com seu discurso e reafirmando seu padrão tecnoestético. Já a luta pelo retorno da exigência do diploma pode contribuir para assegurar o contrário, legitimando um grande número de profissionais que participa de projetos comunitários e emprega sua força de trabalho na produção de conteúdos verdadeiramente alternativos e na formação de repórteres populares. Isso busca subverter a pseudoverdade absoluta vendida pela grande mídia e apresenta um olhar diferenciado dos fatos.

Formação em série

É importante salientar que a formação superior precisa ser apurada, inclusive em comunicação. Dados do Indicador de Alfabetismo Funcional (INAF) indicam que, em 2009, 15% dos jovens brasileiros não tinham habilidades de leitura e escrita coadunadas com as exigências de suas respectivas escolaridades. Por isso, a necessidade de formação acadêmica, considerando seus problemas e perspectivas, abrangendo a discussão dos princípios do Jornalismo, que, se conduzida por profissionais sérios e comprometidos com os desafios da comunicação, pode incentivar o desenvolvimento da criatividade e da prática investigativa.

Nesse sentido, é preocupante perceber que a proposta dos empresários, permitida pelo STF, está embasada na possibilidade de formação fornecida pela empresa. Os próprios “manuais de redação” representam meras cartilhas de uniformização e regramento, as quais precisam ser seguidas pelo “jornalista”, ao produzir uma matéria. Não obstante, ser jornalista é mais do que isto. Assim, quando os empresários da comunicação colocam-se frontalmente contra a exigência do diploma estão contribuindo para a manutenção do discurso único, mesmo ao tergiversarem e insinuarem que estão agindo em nome do interesse público.


As Propostas de Emenda à Constituição (PECs) que restauram a exigência de diploma de jornalista, em tramitação na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, constituem-se em movimentos de suma importância para o país. Várias cidades jáaprovaram projetos de lei que obrigam os órgãos públicos a contratar somente jornalistas com graduação na área para o exercício da profissão. Embora ainda seja pouco, estes movimentos sinalizam que a discussão pode acirrar-se. A batalha está só começando e, tal qual tem ocorrido com o debate sobre a criação de um novo marco regulatório para a mídia, está longe de se esgotar.

Fonte: www.observatoriodaimprensa.com.br

[Valério Cruz Brittos e Eduardo Silveira de Menezes são, respectivamente, professor titular no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Unisinos e mestre em Ciências da Comunicação pela mesma instituição]


Campus Party 2012 alavanca networking de participantes

A possibilidade de expandir a rede de contatos no maior evento de internet e tecnologia do mundo atrai participantes. A edição deste ano da Campus Party Brasil reúne 7 mil campuseiros em uma área de 64 mil metros quadrados do Anhembi Parque, em São Paulo. O público saiu das comunidades virtuais para compartilhar conhecimento em um único espaço.
O blogueiro e jornalista Bruno Cardoso, que mantém o site o www.ojornalista.com, participa por mais um ano do evento. Em entrevista concedida via Gtalk, o campuseiro disse que o acontecimento permite aos participantes alavancar a rede de relacionamentos. “Eu venho mais pelo networking. É a melhor parte, sem dúvida.”
Questionado sobre o andamento da Campus Party, o blogueiro mostrou descontentamento, comparando esta edição com as outras. “Achei essas mais desorganizada que as outras. Talvez seja porque tem mais gente participando. Tem horas que isso aqui vira uma zona.” Para ele, os seguranças, aparentemente. não foram treinados. “O kit de boas-vindas foi entregue somente na metade do evento”, completou.
Thales Willam Santos é aluno do V Semestre de Jornalismo

Por um efetivo marco regulatório da mídia no Brasil

Por Valério Cruz Brittos e Anderson David Gomes dos Santos

Para modificar uma legislação de 1962, totalmente defasada em termos políticos, econômicos, tecnológicos e culturais, quando nem a líder do oligopólio midiático existia, movimentos sociais e pesquisadores vêm travando há algumas décadas batalhas por mais espaço para discussões. A luta, materializada na busca da substituição do Código Brasileiro de Telecomunicações (já revogado quanto à telefonia), visa, ao menos, a uma difusão de informações pelo espectro eletromagnético de modo mais parecido com uma verdadeira comunicação: algo dialógico que permita a pluralidade de tipos de conteúdo e uma maior participação social na produção e distribuição, considerando a diversidade do país.
Após muita espera e mobilização, quase no apagar das luzes de sua gestão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a criação da Conferência Nacional de Comunicação (Confecom). Mesmo com vários problemas, a iniciativa permitiu discussões municipais e estaduais, com o ápice ocorrido em Brasília, na realização da I Confecom, realizada em dezembro de 2009. Foram aprovadas mais de 600 propostas, que deveriam ser discutidas no Congresso Nacional, balizando a construção de um marco regulatório para as comunicações no Brasil, sintonizado com os princípios democráticos.
Quase dois anos depois, o atual ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, demonstra ter esquecido disso. Em reunião realizada em outubro último, com entidades sociais que trazem como uma de suas principais bandeiras a democratização da comunicação, ele prometeu abrir em consulta pública o novo marco regulatório da mídia eletrônica ainda em dezembro deste ano. O que poderia ser visto como um avanço sinaliza a discussão apenas de pontos específicos da proposta, evitando ao máximo um maior confronto com os grandes grupos midiáticos. As entidades apresentaram a Bernardo 20 pontos principais, que foram construídos em consulta pública através do site http://www.comunicacaodemocratica.org.br/.
Construir propostas específicas
Questiona-se aqui a falta de interesse em se reivindicar a apresentação das discussões sobre as propostas da Confecom e, além disso, o próprio formato de consulta pública. Quantas pessoas têm acesso a discussões sobre o assunto para além de alguns setores da academia e de determinados movimentos sociais? Quantas pessoas têm acesso à internet e, além disso, como poderiam saber sobre esta consulta e sobre a situação atual da comunicação? Vale lembrar que o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), prioridade do governo federal, reflete a necessidade de um maior acesso à internet. Porém, não há um planejamento sobre como se deve dar este acesso para que o uso da rede vá além do simples entretenimento, com o ambiente digital servindo para conscientizações sobre assuntos que não passam na grade mídia ou que poucas vezes geram repercussão nas redes sociais.
Não se discorda da existência desta consulta pública sobre os determinados pontos – por mais que se saiba como elas (não) funcionam no Brasil. Mas se houve uma Conferência Nacional de Comunicação, que estabeleceu uma série de propostas aprovadas em diferentes níveis da “sociedade civil”, por que construir outro documento que, além do mais, reduz as necessidades do setor? Toda consulta e iniciativa de abertura ao diálogo é válida; não obstante, maior consulta foi a própria Confecom que, de forma descentralizada, permitiu que todos os setores interessados se manifestassem sobre a temática. Lamentavelmente, isso se deu sem a presença de grande parte dos radiodifusores, a começar pelas Organizações Globo, mas isto não chega a ser novidade, já que via de regra esses grupos negam-se a participar de espaços abertos, preferindo a negociação de bastidor.
O Ministério das Comunicações, sob a gestão de Paulo Bernardo, conseguiu dar celeridade na liberação de algumas informações sobre as concessões, como a lista dos congressistas sócios de rádios e TVs. Porém, está apagando de vez qualquer conquista da Confecom e se propõe a construir propostas específicas, que não avancem tanto. Mesmo dentre estas poucas que ele aceite colocar em consulta pública, se não houver concordância dos grandes meios, o governo não parece que vai tensionar, tendo em vista sua dependência da aprovação das indústrias midiáticas, na falta de um sistema alternativo, que permita uma aproximação mais franca com os diversos setores sociais.
Aproveitar as brechas
Como o ministro sempre deixa claro em suas entrevistas, ele sabe que um marco regulatório atualizado é necessário. Entretanto, a regra é que o auge do processo fique só na consulta em si, na qual o governo abre espaço, entrando verdadeiramente no conflito os movimentos sociais com preocupação no setor, mais ao estilo Davi X Golias. Afinal, há uma imensa força político-institucional contrária à regulamentação, liderada pelos grandes grupos comunicacionais, inclusive com alguns deputados federais e senadores legislando em causa própria, por serem donos de TVs e rádios. O PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer e do presidente do Senado José Sarney – dono de muitos meios de comunicação no Maranhão –, já deixou claro que é contra qualquer regulação no setor.
Enfim, o foco deste texto não é desestimular os movimentos que lutam em prol de uma democratização da comunicação, mas destacar questões importantes sobre o assunto. Não se pode esquecer tratar-se da terceira gestão de um partido que ainda pouco fez para efetivamente mudar a realidade do setor em prol de uma comunicação pública. Se o espaço for dado, o interessante é observar os pontos pedidos por estes movimentos que participaram da reunião, confrontando-os de forma criteriosa com o que foi aprovado na Confecom. Devem-se aproveitar todas as brechas até esta nova consulta pública, mas com a consciência sobre possíveis limites no debate. Afinal, se a sociedade já disse o que quer, não seria a hora de implementar tais projetos e não seguir insistindo em perguntas que já foram respondidas?
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[Valério Cruz Brittos e Anderson David Gomes dos Santos são, respectivamente, professor titular no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Unisinos, e mestrando no mesmo programa]


Jornalismo e o Twitter

por Leonardo Muratore
@leomuratore





O Jornalismo enfrenta um momento de reflexão sobre o seu papel na sociedade, e também sobre como deve utilizar as novas tecnologias para aumentar a sua rentabilidade. Mas o cenário não é dos mais favoráveis. A realidade é que o jornalismo ainda não sabe utilizar a ferramenta de forma inteligente e integradora.

Sempre que alguma novidade tecnológica surge, os jornais presumem estarem sob ameaça de extinção quando muitas vezes o cenários não é exatamente esse. A internet, por exemplo, chegou às redações com tom ameaçador, mas na verdade é uma importante aliada para publicações que procuram se reinventar e se aproximar dos leitores.

Transformar a internet e suas plataformas em aliados é uma atitude sabia, mas outros serviços que surgiram dentro da rede colocaram os jornalistas em uma encruzilhada. Especialmente o Twitter, o RSS dinâmico que compartilha mensagens de 140 caracteres tem sido um pesadelo para muitos jornalistas e jornais de grande circulação.

A princípio, o Twitter é utilizado pelos perfis de revistas e jornais apenas como “espalhador” de conteúdo, pura e simplesmente. De nada adianta criar perfis e monitorá-los se as notícias são totalmente ancoradas nas páginas, e são desenvolvidas internamente, sem averiguação das vontades dos seguidores desses perfis. Se isso fosse realizado com seriedade, os jornalistas poderiam, efetivamente, capturar a atenção dos usuários da rede, além de poder medir a reação deles às matérias veículadas, algo muito facilitada pela comunicação horizontalizada da ferramenta.

Além disso, a transformação do Twitter em um canal para furos de reportagem também é um complicador para a credibilidade da classe jornalística. Muitos desses furos são publicados antecipadamente no Twitter antes mesmo de serem encaminhados para apurações nas redações. Muitas vezes sem se confirmarem. É uma armadilha perfeita para o jornalista desavisado, que vê uma oportunidade de crédito num ambiente onde erros e gafes não são perdoados, muito menos são aqueles que os proporcionam.

Por essas e outras razões, o Twitter precisa ser olhado com mais carinho pelos jornalistas. Estamos falando de uma ferramenta com mais de 10 milhões de usuáios no Brasil. Eles opinam e possuem gostos especifícos, que são muito seletivos no conteúdo que desejam acompanhar. Se esses desejos forem acompanhados de perto pelos grandes jonais e revistas, o jornalismo pode maximizar a sua exposição online de uma forma muito positiva.

O futuro do Jornalismo é Social?

por Leonardo Muratore



De tempos em tempos, novas tecnologias surgem e ameaçam extinguir meios de comunicação tradicionais. Mas para a surpresa de todos eles perpetuam e evoluem, como aconteceu com o rádio, os livros, e num futuro não muito distante, a Televisão.

O último a ser ameaçado é o jornal. Aquele de papel, que é vendido nas bancas ou entregue nas portas todo dia (se bem que até isso já mudou). A criação das redações online para suprir demanda de notícias nos grandes portais, e o nascimento das redes sociais colocam o 'velho sábio' em perigo de extinção. Mas não podemos subestimar a capacidade dessas mídias de se reinventarem.

O Wall Street Journal (WSJ) está lançando um aplicativo no Facebook.

A premissa do WSJ Social é simples, segundo entrevista da gerente de rede digital do WSJ, Alisa Bowen, para a Forbes, o próposito da investida é tornar o WSJ disponível aonde as pessoas estejam, além de criar uma nova experiência integrada, onde o conteúdo disponível na aplicação é 'curado' pelos usuários, ou seja, se torna um destaque se receber muitos comentários ou for muito compartilhado.




O aplicativo aproveita a plataforma e permite o compartilhamento das notícias, além da participação dos leitores e customização da página. Ele ainda permite  a criação de um filtro de interesses, para servi-los ainda melhor. O Wall Street Journal Social é gratis no primeiro mês.

Esse pode ser apenas o começo de uma explosão do “Jornalismo Social”, e não será surpreendente se ele próprio sofrer revoluções com o tempo. É um formato que pode nos mostrar as verdadeiras prioridades que os usuários das redes sociais dão a determinados tipos de notícia e assunto.

Se o social é o futuro do jornalismo ainda é difícil dizer, mas quem se propor a integrar papel, site, aplicativos e redes sociais pode conseguir que o jornal recupere a força de outrora, e que continue evoluindo.



“Sem medalha – A cobertura da Record no Pan”
Terça 22 Nov 2011

por Leonardo Muratore
@leomuratore


No último dia 30, os jogos Pan-Americanos de Guadalajara se encerraram, com um bom desempenho da delegação brasileira. Mas um outra equipe não mereceu tanats medalhas assim.

A Record foi ao México com um time e uma estrutura dignos de Olimpíada, ao ponto de construírem uma imponente redação no centro de imprensa, com todos os aparatos possíveis para a transmissão de um grande evento. Até aí tudo bem.

Estaríamos todos (finalmente) bem servidos de uma cobertura digna na TV aberta. Ledo engano. O que tinha tudo pra ser ouro, não chegou nem ao pódio. A cobertura da emissora da Barra funda trouxe um festival de erros e gafes. Talvez a mais célebre protagonizada por Álvaro José nos 100 metros rasos para mulheres, onde narrou que as brasileiras não haviam conseguido séquer um lugar no pódio, quando na verdade a atleta Rosângela Santos faturou o ouro. Nem a desfaraçada salvou:

Vídeo da gafe do Álvaro José:
















Esse é só um pequeno exemplo do que foi exibido. Mas as falhas não pararam por aí. O canal reprisou eventos (alguns que nem envolviam o Brasil) ao ponto não transmitir um bom número de conquistas do Brasil, para só depois anunciá-las às pressas durante outras transmissões ou em VT. Foi um dos assuntos mais comentados nas redes sociais durante a realização dos Jogos.

Essas“não-notícias” foram, muitas vezes, vítimas da própria transmissão que, na tentativa de ser dinâmica e ágil, perdia o foco. Ora se assistia uma modalidade, e após um corte súbito, outro esporte tomava a tela. Os narradores e o público pagavam o pato.

A narração e os comentários foram muito comentados, especialmente pelos veículos de imprensa e jornalistas. O motivo era simples: o ufanismo exagerado, como se estivéssemos finais de Copa do Mundo envolvendo Brasil e Argentina em sequência. E os comentáristas também não ficaram atrás, exceção feita ao Baixinho Romário, que atacou fortemente a CBF após o Brasil ser eliminado pela Costa Rica no futebol masculino.

Apesar de toda a desorganização e um certo ar de improviso, a Record traz mais lições do que méritos do Pan, embora eles existam. Mercem aplausos pelo esforço em montar umaequipe e uma estrura de respeito. E no futuro, mereçam nossa ovação pelas lições aprendidas desse Pan de Guadalajara. Para quem vai transmitir a Olimpíada de Londres e outros dois Pan-Americanos, não corrigir os erros do México seria a maior falha de todas.



A formação do futuro jornalista

Sexta 04 Nov 2011

por Francisco Sogari


Como preparar o futuro profissional num cenário de crescente aumento da escala e da velocidade do fluxo da informação: planejamento, capturação, edição e difusão?

Vivemos um contexto de mudança plural no processo de estudo, produção e consumo de informação, envolvendo  conceitos éticos, estéticos e técnicos. Segundo Milton Santos, o mundo vive uma  globalização da rota do capital, com arranjos produtivos locais e cadeias produtivas tecnológicas que geram uma capilarização e  polinização, que ele mesmo chama de motores de nova cognoscibilidade do planeta.  Como isto impacta na formação dos futuros jornalistas?Primeiro, a internet não pode ser considerada somente uma tecnologia, mas uma nova relação e novo comportamento que se estabelece entre o produtor e o receptor de informação. Isso muda a forma de estudar, produzir e consumir informação.

A rede mundial de comunicação deixou de ser uma mídia complementar para tornar-se uma mídia autônoma e o ensino de jornalismo deve, necessariamente, incorporar esta mudança do paradigma de comunicação.  Os meios de comunicação que antecederam (rádio e tv) causaram um impacto significativo na teia comunicacional, mas não alteram substancialmente a essência do fazer jornalístico. A internet, ao contrário, mudou profundamente  a dinâmica das mídias eletrônicas e, indiretamente, as impressas.

A formação do futuro profissional de comunicação  não pode reduzir-se a uma ou mais disciplinas específicas, como jornalismo on line ou novas tecnologias da informação. Deve assegurar um equilíbrio entre base conceitual e histórica da comunicação e as novas temáticas emergentes, como  Cibercultura, Websemantica, reportagem assistida por computador, linguagens midiáticas, redes sociais digitais, comunicação digital, cognição conectiva, etc.  As técnicas do jornalismo, seja rádio, TV ou impresso adquirem nova dinâmica no processo de pesquisa, produção e veiculação da informação, gerada sobretudo pelas novas mídias.

O ciberjornalismo deve ser uma dimensão (um conceito transversal) que perpassa todas as disciplinas, sobretudo de ordem prática. Os meios de comunicação estão inseridos num ambiente de novas demandas informativas, novas tecnologias, de novas estratégias de apuração e de interação social. Por isso, o futuro jornalista deve estar preparado para produzir conteúdo em plataformas múltiplas. É o jornalista multimeios. Ele não pode ser um especialista em todas as áreas tecnológicas, mas deve conhecê-las para dar um direcionamento. O novo profissional de comunicação deve procurar informação significativa, organizá-la de modo eficiente e apresentá-la de forma  consistente ao seu interlocutor, que também  é produtor. Afinal, o consumidor está mais informado e crítico.

Além da captura da informação, do melhor ângulo ou do furo, o jornalista deve estar preparado para  selecionar, re-significar a informação e torná-la acessível e agradável ao público leitor, que tem ao seu dispor um universo cada vez mais amplo e de fácil acesso.Pesquisa ampliada, do analógico ao digitalO futuro jornalista deve dominar as técnicas da pesquisa em comunicação, sobretudo oriundas com o advento das tecnologias de busca. Ele não pode simplesmente ser um reprodutor de informações e releases, mas continuar a busca dos diferentes ângulos, cruzar informações, interpretar e analisar.

A técnica ou o método da reportagem assistida por computador imprimem uma nova dinâmica no processo de produção e veiculação da informação.  A produção compartilhada abrirá um novo modelo de produção de informação.O postulante ao diploma de jornalismo vive num cenário de possibilidades de múltiplas versões, de ruptura com o discurso único e da ampliação da técnica de verificação, e eficiência na produção intermediadas pelo computador. As novas mídias, os blogs, microblgs e outras redes sociais tornaram-se um novo suporte para produção e difusão de conteúdos jornalísticos, gerando novas narrativas jornalísticas.

A internet gerou, nos jornalistas, uma sensação de vigilância por parte do leitor. Não é mais um receptor passivo ou ator coadjuvante, como se fosse um recipiente vazio que recebe informações até transbordar, como ensina Paulo Freire. O novo receptor passou a ser produtor de informação. É fundamental que o futuro jornalista tenha a capacidade de análise das dinâmicas que permeiam as redes sociais, que muitas vezes, agregam e potencializam pautas. A internet além de criar um novo jornalismo, cria novos jornalistas. Tradicionalmente, o é um reconstrutor dos fatos, incorporou a tarefa de interpretar os acontecimentos, agora agrega outra  função, que é interagir com as comunidades. Está inserido num  mundo caracterizado pela capacidade discursiva das organizações e dos cidadãos. A comunicação deixou de transitar por um monotrilho, agora é multimeios e multivias.

Um dos diferenciais que caracteriza o novo jornalista é a cognição conectiva  com os vários públicos que interagem com as novas mídias. Para isso, deve diferenciar-se com o desenvolvimento de habilidades e competências na elaboração de novos métodos para apuração, modelos de narrativa, técnicas de edição, sistemas de circulação e gêneros jornalísticos adequados ao entorno do ciberespaço. Por fim, é importante lembrar que temos em nossas mãos as ferramentas de comunicação mais poderosas da história, mas não podemos esquecer a essência da prática jornalística e necessidade de reinventá-las tanto nos aspectos técnicos, estéticos e éticos.

Francisco Sogari é professor de Jornalismo na Universidade Mogi das Cruzes



“A internet colocou o jornalismo e os jornalistas em um novo lugar” 

por Francisco Sogari
@franciscosogari


O diretor do El País afirma a ÉPOCA que os profissionais da comunicação estão hoje em um ambiente “mais expostos, mais complicado e mais comprometido”

LUCAS HACKRADT
 
O El País é um dos principais jornais da Espanha, um dos maiores da Europa e faz parte de um grupo de cinco veículos de comunicação europeus e dos Estados Unidos que têm investido pesado na internet nos últimos anos. Em 2010, Gumersindo Lafuente (@sindolafuente) assumiu a direção do jornal. Entusiasta da web, Lafuente optou por realizar diversos investimentos na versão online do diário, priorizando-a e mostrando que, mesmo com tantos anos de tradição impressa, o El País está pronto para a era digital.

O diretor enxerga muitas oportunidades nesta nova era da comunicação, mas mais obrigações para aqueles que trabalham com as notícias. “A internet colocou o jornalismo e os jornalistas em um novo lugar, mais exposto, mais complicado e mais comprometido”, afirmou a ÉPOCA.

Para Lafuente, a revolução na forma de se trabalhar com comunicação na internet se deu a partir do momento em que a rede ofereceu aos usuários as ferramentas para tornarem a navegação mais interativa e participativa. A preocupação com as mídias digitais é tamanha que, no início deste ano, o El País de Lafuente criou um blog do qual podem participar jornalistas de todo o mundo, de diferentes realidades, para analisar os rumos que a comunicação social está tomando. O El País também tem sua própria rede social: Eskup.

O diretor do jornal espanhol El País, Gumersindo Lafuente. "Passamos do oligopólio à desintermidiação quase total, e hoje somos imprescindíveis nas relações entre os poderes e temos aí os cidadãos reivindicando nosso papel." (Foto: Divulgação)

ÉPOCA: Poderia falar um pouco sobre o blog Periodismo con Futuro?

Lafuente: É um blog de reflexões sobre o presente e o futuro do jornalismo. Nós o abrimos para a participação de profissionais de todo o mundo, pois queremos saber o que está acontecendo em outros lugares – e preferimos que isso seja contado pelos próprios protagonistas das mudanças.

ÉPOCA: E o que se descobriu até agora? O que mudou no jornalismo?

Lafuente: A internet colocou o jornalismo e os jornalistas em um novo lugar, mais exposto, mais complicado e mais comprometido. Esse lugar está cheio de oportunidades, mas também tem nova obrigações. Passamos do oligopólio à desintermidiação quase total, e hoje somos imprescindíveis nas relações entre os poderes e temos aí os cidadãos reivindicando nosso papel minuto a minuto. Esse novo cenário para o qual nos empurrou a tecnologia também está debilitando as fontes tradicionais de financiamento dos meios.

Estamos, portanto, em um momento paradóxico. Temos em nossas mãos as ferramentas de comunicação mais poderosas da história, mas somos obrigados a não nos esquecer das essências de nosso trabalho ao mesmo tempo em que temos que reinventá-lo tanto nos aspectos práticos como quando se trata do negócio jornalístico.

ÉPOCA: E como o El País tem se posicionado nesse novo cenário?

Lafuente: Estamos fazendo uma aposta muito forte para mudar as maneiras de se trabalhar na redação, de forma a conseguirmos nos adaptar aos novos ritmos que são impostos pelo mundo digital, mas sem, porém, perder o rigor e a credibilidade conquistados ao longo dos 35 anos de história do jornal. O mais importante para nós é fazer um bom jornalismo, independente do canal que utilizemos para chegar a nossos leitores.

ÉPOCA: Quando o jornalismo online deu sua volta por cima?

Lafuente: Creio que a verdadeira revolução do jornalismo começou quando os usuários ganharam ferramentas de publicação igualmente poderosas e tão importantes quanto as dos próprios veículos de comunicação. Basicamente, quando criaram-se os blogs e as redes sociais. Elas são fundamentais. A relevância e a influência que se conseguem hoje nas redes sociais são rapidamente propagadas pelo resto da cadeia informativa. As redes sociais ampliam as mensagens de tal maneira que elas acabam por intervir cada vez mais na agenda informativa de todos os grandes veículos. Por isso, as redações estão hoje obrigadas a trabalhar pensando nas redes sociais, e os jornalistas devem ter uma posição influente nelas.

ÉPOCA: Como isso tudo afeta o trabalho de informar a sociedade?

Lafuente: De várias formas. Isso tudo afeta na hora de construir as histórias, porque a web nos facilita muito o acesso à informação. Também afeta no desenvolvimento da informação, porque os leitores podem completá-la com seus comentários ou trazendo novos dados. E influencia também os modelos de negócio e a rentabilidade das grandes empresas de comunicação, o que supõe, ao final, a possbilidade de se continuar ou não fazendo jornalismo de qualidade. Não estamos mais diante de um avanço, já estamos submersos em uma revolução, e dentro de poucos anos nada será igual, nem no trabalho diário do comunicador e nem na indústria da comunicação.

Supõe-se, hoje, que os jornalistas, os bons comunicadores, deveriam ter duas qualidade básicas: critério e talento para informar. De posse dessas duas virtudes, o que lhes resta é explorá-las de maneira intensa e exaustiva na rede.

ÉPOCA: O 11 de setembro foi provavelmente a primeira grande cobertura online feita.
Como o episódio afetou o jornalismo?

Lafuente: Tudo mudou. Os leitores, hoje, estão massiçamente na internet. A tecnologia é muito mais avançada, e, acima de tudo, os veículos finalmente colocaram seus melhores profissionais para trabalhar com o online. Mas também houve as coberturas da Guerra do Iraque, com a queda de Saddam Hussein, da Guerra do Afeganistão, os atentados de 11 de março de 2004 em Madrid e os atentados de Londres, Jogos Olímpicos, a campanha e a eleição de Obama, a cobertura da crise econômica mundial e o vazamento de documentos patrocinado pelo Wikileaks... Tudo contribuiu para mudar o jornalismo.

ÉPOCA: E hoje há também a questão da mobilidade. Como os veículos de comunicação devem se preparar e como deverão lidar com isso?

Lafuente: A mobilidade é um fenômeno muito importante. Devemos entender que a nossa obrigação enquanto comunicadores é fazer produtos jornalísticos que se adaptem aos diferentes tipos de consumo que cada dispositivo oferece. Temos que contar com a utilização intensa da tecnologia. Os jornalistas hoje estão obrigados a entender todas as possibilidades que lhes são oferecidas. Se não o fizerem, acabarão perdendo sua conexão com seus leitores


Fonte: Revista Época

Novas mídias na reflexão, na produção consumo da informação
por Francisco Sogari



Alex Primo discute duas temáticas importantes para os profissionais de comunicação, nos links abaixo.

 Jornalismo para iPad e Kindle - Vlog Número Primo #1




A morte das mídias sociais - Vlog Número Primo #2


 Fonte: Dossiê Alex Primo


O jornalismo na era das redes sociais

Por Cleyton Carlos Torres
Qual o tipo de conversação que o jornalismo procura ter ou tem tido nas redes sociais? Já comentei em outras ocasiões que o jornalismo não sabe utilizar o Twittere que blogs e jornalismo são canais complementares, não conflitantes. Mas, em um cenário macro, como anda o jornalismo em uma era tomada por redes digitais conectadas em rede que dão voz e vez a centenas de milhões de possíveis contribuintes e colaboradores? O jornalismo não deve estar nas redes sociais, mas sim fazer parte de todo um contexto mais complexo e estruturado. O jornalismo deve ser redes sociais, formatando um formato que não fiquei aquém do mínimo esperado pelos usuários e consumidores de informação. Prova disso é a lentidão que a imprensa possui em relatar fatos que nasceram dentro do ambiente digital. Reportar algo dias depois não faz o menor sentido e, pior, só reposiciona a afirmação que o jornalismo está perdendo o bonde da era digital.
Não é novidade para ninguém que qualquer um pode ser um – bom – produtor de conteúdo nas redes sociais. Também não é novidade alguma a rapidez e instantaneidade com que a internet trabalha. Quer usar redes sociais? Então seja sociável nas redes. Não há espaço para um jornalismo tardio e que ainda procura se posicionar diferentemente dos usuários que lá já estão. Sim, sem conversa o jornalismo – e os jornalistas – será engolido pela camada social digital que aflora e se solidifica cada dia mais.
É inadmissível um jornalismo que se propõe a fazer parte das redes sociais e pede colaboração dos usuários, mas quando um fato ocorre no universo digital sempre é o último a saber ou, pior, ainda tem a velha postura de chamar os leitores de “repórteres cidadãos”, mas no momento da publicação classifica todos como “cinegrafistas amadores” ou “usuários afirmam”, sem dar a devida credibilidade e o respeito merecidos.

O digital é cultura

O jornalista e as empresas jornalísticas que teimarem em tratar as redes sociais como meros canais expositivos e não participativos devem sofrer e, principalmente, perder peso no cenário jornalístico. A mesquinharia com que alguns profissionais da imprensa ainda tratam os blogs ou a lentidão que veículos de comunicação têm em entender algo nativo do ambiente digital só reforça a teoria que muita coisa precisa ser reformulada em todo esse contexto.
Mais uma vez vale a máxima de que o digital é mais do que estratégia ou ferramenta, é cultura. Se o veículo ou o jornalista não estão preparados para absorverem todas as possibilidades e exigências que o universo digital propõe, é hora de colocar ar cartas na mesa e discutir, mais uma vez, qual é o papel do jornalismo nesse ambiente. As pessoas ainda procuram por filtros e curadores de conteúdo e classificam os jornalistas e os jornais como fontes confiáveis. Agora só falta o jornalismo e os jornalistas fazerem o mesmo.
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[Cleyton Carlos Torres é jornalista, blogueiro, pós-graduado em Assessoria de Imprensa, Gestão da Comunicação e Marketing e pós-graduando em Política e Sociedade no Brasil Contemporâneo]

Fonte: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/


Sobre artigo de Patrick B. Pexton, de Washington (EUA)
Antes do Twitter, existia a Associated Press. Por mais de 160 anos, algumas vezes em menos de 140 caracteres, os boletins de notícias da agência, por meio de telégrafo, teletipo, fio, satélite ou internet, chegavam até milhares de redações, que passavam a informação para leitores, ouvintes e telespectadores em todos os cantos do mundo.
Na realidade, a AP e outros serviços como Reuters e Agence France-Presse agem, diz a própria AP, como a “espinha dorsal” do sistema mundial de informações. “Nenhum de nós, na indústria jornalística, poderia fazer nosso trabalho de maneira apropriada sem eles”, comentou, em sua coluna [17/2/12], o ombudsman do Washington Post, Patrick B. Pexton.

De tempo em tempo, Pexton recebe comentários de leitores criticando a cobertura de determinados episódios e a dependência de material de agências. Com a política de corte de custos no jornal, os leitores verão mais e mais fotos e matérias de serviços como a AP, que é o maior parceiro do Post, além da Bloomberg, Reuters e outros.

No entanto, diz o ombudsman, é errado que leitores considerem matérias, fotos, vídeos e gráficos de agências como sendo de menor qualidade do que os produzidos pelo jornal. Muitos profissionais do Post trabalharam na AP antes e o escritório da agência em Washington tem veteranos do Post em sua equipe atual. A AP e outras agências empregam repórteres e fotógrafos de qualidade, que diariamente lutam para ter acesso a informações de governos relutantes em revelar informações.

Complemento

Na semana passada, por exemplo, foi a AP que deu em primeira mão matéria noticiando que, no incêndio em uma penitenciária em Honduras, com 355 mortos, a maioria dos internos não havia sido acusada formalmente de crimes, muito menos condenada. A matéria foi escrita com base em um relatório interno do governo de Honduras, obtido pela agência. Ttambém foi a AP o primeiro veículo jornalístico a divulgar a morte da cantora Whitney Houston – e a agência obteve direito exclusivo de transmitir ao vivo seu funeral. Estas notícias ajudaram a AP a atrair 100 mil novos seguidores no Twitter na semana passada.

Como jovem repórter em Annapolis, nos anos 80, o ombudsman aprendeu muito sobre apuração, escrita, rigor e justiça para todos os partidos políticos com Tom Stuckey, um dos mais antigos chefes de redação da AP, que se aposentou em 2006. Ele dava furos com frequência, até mesmo à frente dos repórteres do Post.

No Pentágono, Pexton também trabalhou com veteranos da AP e Reuters. A AP ganhou 30 prêmios Pulitzer por jornalismo e fotografia. Seu padrão de ética é um dos mais rígidos da indústria jornalística. E ela é moderna, com fotógrafos podendo editar e transmitir fotos de suas câmeras por meio de um fio ao computador, em segundos.

Michel du Cille, diretor de fotografia do Post, diz que depende de fotos da AP, Reuters, Getty Images e AFP para a maior parte das matérias de última hora de fora de Washington. A editora executiva Kathleen Carroll afirma que a equipe de 2,5 mil jornalistas da AP, em mais de 100 idiomas em 100 países, e nos 50 estados americanos, complementa e apoia seus parceiros associados com o melhor conteúdo possível para ajudar as pessoas a entenderem o mundo. 

Fonte: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/