Podcast

COMUNICAST #02 - A pauta que te sacode

por Vinícius Hélcio
@vininut




A pauta que te sacode com Lucimar Gonçalves e Lia Maria Leal

Lucimar Gonçalves – A “Lucy”
Nossa querida mentora desde o 1º semestre, a profª. Lucy começou com um jeitinho
general todo especial, que confessamos nos sacudiu! Mas nada que um, dois, três e
um já programado 4º semestre não nos mostrassem o verdadeiro poder do milho da
disciplina.

Lia Maria Leal – A Lia

Bem vindos ao Mundo mágico da Lia, onde tudo pode ser transformado em alguma
coisa com ótica! Em suas aulas somos constantemente levados aos mais distantes
mundos, paradigmas e filósofos que só a comunicação pode nos oferecer e ela conseguir
nos explicar!

Neste Podcast entrevistaremos as professoras do curso de Comunicação Lucimar
Gonçalves e Lia Maria Leal. Abordaremos como tema geral para discussão “Minha
vida de estudante...”
.
Participantes: Luiz Felipe Siqueira, Franciele Ferreira, Dione Lima, Giullia Colmanetti, Leonardo Muratore, Ana Sasaki, Vinícius Hélcio, Fabio Polato, Lucimar Gonçalves e Lia Maria Leal.

Tempo de duração: 21 minutos

Envie suas critícas, opiniões e sugestões para
e-mail: vini.hfg@gmail.com

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Falando de rádio com Haisem Abaki                                  

por Ana Sasaki e Dione Lima
@dionelimas2



Entrevistamos o jornalista e radialista da rádio Estadão-ESPN Haisem Abaki que nos contou um pouquinho sobre sua vida no rádio e suas opiniões sobre o rádio e a tecnologia.

Natural de Mogi das Cruzes, Haisem estudou jornalismo na Universidade de Mogi das Cruzes. Foi apresentador e chefe na Rádio Bandeirantes, repórter, apresentador e editor na rádio CBN e também na rádio e no jornal Diário de Mogi. Atualmente leciona na UMC e trabalha na rádio Estadão-ESPN como apresentador do programa Estadão no Ar.


Cibertexto - Como você se interessou por rádio?

Haisem Abaki - Comecei a ouvir rádio ainda criança, com meu pai. No começo, não entendia muito bem as notícias que ele ouvia, mas aos poucos fui me interessando e fiquei fascinado ao pensar como alguém podia falar ali.

CT - No início, você achava que seria só por diversão ou sempre pensou em fazer pra valer, profissionalmente?

HA - Acho que um pouco das duas coisas, mas eu não tinha a noção exata do resultado. 

Queria apenas fazer rádio e aprender com pessoas que estavam na profissão há mais tempo e me serviam como referências.

CT - Como foi o início da sua carreira acadêmica e profissional?

HA - Comecei a trabalhar aos 15 anos, primeiro como office-boy e depois trabalhei no Judiciário como escrevente. Meu primeiro emprego em jornalismo foi aos 22 anos, em 1986, no último ano da faculdade na UMC. Meu professor de rádio, Nivaldo Marangoni, era gerente da Rádio Diário de Mogi e percebeu o meu interesse pelo rádio. No começo, fui lá para conhecer e fiquei acompanhando o trabalho. Pouco tempo depois surgiu uma vaga e, na mesma época, o jornal Diário de Mogi precisava de um repórter. Fiz um teste no jornal e passei. Então, comecei a fazer rádio e jornal ao mesmo tempo.

CT - Comparando seus empregos nas grandes rádios, você sentiu muita diferença no modo como cada uma delas lhe deu liberdade de ação?

HA - Em termos de liberdade, não vejo muitas diferenças. Trabalhei na CBN/Globo por sete anos, na Bandeirantes por 12 e estou desde setembro deste ano na Estadão ESPN. Não tive problemas sérios em relação a isso, mas, embora parecidas em alguns aspectos, cada emissora tem suas particularidades, sua linha editorial e seu ambiente de trabalho.

Há muitas semelhanças e algumas peculiaridades que diferenciam um pouco cada rádio. Em geral, as rotinas são parecidas, com algumas variações, dependendo da linha editorial. A Bandeirantes, por exemplo, era uma rádio que trabalhava mais a opinião.

CT - O que mais te encanta no rádio?

HA - A instantaneidade, o improviso, o “bom nervosismo” diante de um acontecimento importante que muda toda a programação e, principalmente, a proximidade com o ouvinte.

CT - Com a popularização da internet você acha que o rádio está perdendo um pouco do seu espaço, assim como aconteceu na época em que a TV foi inventada?

HA - É inegável que a audiência de hoje, comparada ao passado, diminuiu. Mas vejo isso como um desafio. Há espaço para o rádio conviver com outras mídias e até utilizá-las como ferramentas de apoio.

CT - Como você acredita que as novas mídias e tecnologias auxiliam no desenvolvimento do hábito de ouvir rádio? Você acha que elas aumentaram a audiência dos programas de rádio?

HA - Na medição feita pelo Ibope, que é a oficial, o método utilizado recorre à lembrança do ouvinte, com visitas domiciliares. Acho que isso precisa ser aperfeiçoado porque o resultado não é um retrato fiel da audiência. É preciso medir também o impacto de outras tecnologias. As rádios estão na internet, utilizam podcasts, ficaram mais interativas. Na prática diária, tenho contato com muitos ouvintes que estão na audiência pela internet. Rádio também é hábito e isso hoje é um pouco mais complicado do que no passado por causa das muitas opções e do consumo rápido das novas gerações, que são menos pacientes e fazem várias coisas ao mesmo tempo. Por um lado, isso é bom porque vira um desafio para os profissionais, como no caso do uso da linguagem. Por outro, pode ser ruim por gerar superficialidade. Sabe-se um pouco de tudo, mas sem profundidade.

CT - Você acredita que o futuro do rádio é ser cada vez mais digital e menos analógico?

HA - Aparentemente, sim. Mas o rádio digital está muito atrasado na escolha do modelo. A perda de audiência no AM é uma realidade. Por isso, emissoras jornalísticas do AM também estão no FM. Para os próximos anos, com a implantação total da TV Digital, estuda-se a possibilidade de o AM migrar para canais de FM que ficarão vagos. Mas não adianta apenas ter a tecnologia e não saber o que fazer com ela.

O rádio precisa ter uma abordagem adequada aos novos tempos para renovar a audiência sem perder o público que já é fiel ao veículo. Não acredito em soluções “salvadoras” e não tenho posições radicais. A tecnologia não é a salvação, mas também não representa o fim da essência. É preciso saber lidar com isso para aproveitar o que ela tem de melhor sem perder a essência do rádio. O desafio é esse.

CT - Como profissional e professor de rádio, quais são suas impressões de como o rádio está sendo feito hoje?

HA - As novas gerações têm muita informação, conhecem outras línguas e novas tecnologias, mas precisam de referências. Acho que o bom rádio também depende de uma mescla de profissionais de diferentes gerações. Falta investir mais no preparo das equipes e na apuração das notícias. O rádio precisa estar conectado ao mundo multimidiático, mas também deve ousar mais e não ficar apenas a reboque da repercussão de assuntos levantados por outras mídias.

CT - A concorrência entre rádios hoje está cada vez mais acirrada, existem técnicas para se manter uma boa audiência?

HA - Não sou dono da verdade e não acredito em receitas prontas de sucesso, mas penso que fazer o que eu disse acima é um bom caminho para conquistar e manter a audiência. É uma batalha diária, na qual as “armas” devem ser o profissionalismo, a técnica, a sinceridade, a ética e, acima de tudo, o respeito ao ouvinte.

Não gosto de pensamentos e atitudes imediatistas. Não adiantar soltar fogos quando a audiência sobe e entrar em depressão quando ela cai. O importante é ter um caminho seguro e saber superar os obstáculos e os desvios de rota, que são inevitáveis num mercado tão competitivo.

CT - Há mercado para futuros profissionais?

HA - Sim, para quem se prepara para isso, gosta do que faz, tem respeito pelo ouvinte e pela história do veículo e de profissionais que devem ser vistos como referência para as novas gerações.

CT - Que conselhos você daria para se fazer uma boa escolha de pauta?

HA - Ser “menos jornalista” e “mais cidadão”. Jornalistas, às vezes, acham que sabem o que é mais importante para os outros, mas devem ouvir mais as pessoas.

CT - Como professor de rádio quais são regras básicas para alguém que esteja começando na área e que queira desenvolver um programa.
HA - Acho que as duas orientações anteriores podem ser um bom começo. O importante é conhecer todo o processo. Para ser um bom profissional, é preciso saber o que o seu colega está fazendo e respeitar o trabalho dele. Para fazer um bom trabalho, é importante conhecer o rádio como um todo, as várias funções que nele são desempenhadas e as necessidades do público. Espero ter colaborado, mas repito que não acredito em receitas prontinhas. Nem nas minhas.


COMUNICAST #01 - O Rádio às Avessas                              

por Vinícius Hélcio
@vininut




O primeiro programa que irá trazer novidades e dicas de comunicação para você!

Neste primeiro podcast o assunto é sobre O Rádios às Avessas.
Com dicas do que não fazer em um programa de rádio.

Participantes: Luiz Felipe Siqueira, Franciele Ferreira, Dione Lima, Giullia Colmanetti, Leonardo Muratore e Ana Sasaki.

Tempo de duração: 11 minutos

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e-mail: vini.hfg@gmail.com

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O Rádio na web
 
por Ana Sasaki e Dione Lima
@dionelimas2

 

As primeiras notícias de transmissão de rádio via web remontam de março de 1993, quando Carl Malamud, líder da Columbus Internet Engineering Talk Force, criou um talk show semanal chamado Internet Talk Radio e que pode ser chamado de precursor do nosso atual podcast. Em 1995 temos o primeiro canal de rádio que olhou para a
internet como difusora de transmissões radiofônicas, a KLIF dos EUA.

Ao longo dos anos o rádio se viu em posições de desvantagem devido as constantes inovações tecnológicas, tendo que ir se adaptando e mudando rapidamente para não perder seu espaço. Quando chegamos a era digital, logo pensamos que o rádio perderia seu espaço de vez, mas o que vimos foi uma nova metamorfose em sua história.

O rádio, assim como muitos outros meios de comunicação, também foi parar na internet. Cada dia mais as emissoras tradicionais colocam seus programas na internet e criam formatos especiais para a internet, como o caso dos podcasts, que já conquistaram o gosto da audiência.

Assim como quando o rádio via ondas surgiu e mostrou não conhecer barreiras na época que o impedissem alcançar as pessoas, a web rádio também demonstra que não conhece limites e vai muito além, pois não tem as restriçoes geográficas do rádio convencional.

As transmissões via internet possibilitam que o mundo tome conhecimento sobre um determinado programa, ou que você possa ouví-lo em qualquer parte do globo, e com vantagem de que hoje temos a possibilidade também de ouvir rádio via telefone celular.

O crescimento do número de aparelhos celulares, fez também com que o número de ouvintes de rádio crescesse, basta ter acesso à internet. Mas caso não tenha, os celulares também nos dão a opção de ouvir a transmissão nos bons e velhos conhecidos formatos AM e FM. A web rádio permite maior aproximação e integração com o público, que pode ele mesmo fazer seu canal ou podcast e postar. As rádios exclusivas para internet ainda não possuem audiência comparável à das rádios tradicionais devido aos serviços de publicidade.

Em geral o custo para se colocar uma rádio na internet é bem inferior do que uma rádio convencional, assim como sua manutenção. Porém uma das grandes questões discutidas hoje sobre web rádio é a questão dos direitos autorais das músicas tocadas.
 

 

A história do rádio

 
por Ana Sasaki e Dione Lima
@dionelimas2





Desde suas primeiras etapas na história humana, a comunicação se mostra em
constante processo de evolução e demanda de novas ferramentas para sua construção e
aprimoramento. E o rádio tem um papel importante e especial nesta história.


Pelas ondas de Hertz
Em 1893, o professor de física experimental, James Clerck Maxwell apresenta sua
teoria de que existam ondas eletromagnéticas. Este estudo chama a atenção de vários
pesquisadores, um deles foi o alemão Henrich Rudolph Hertz.
 Após anos de pesquisa, em 1887 Hertz consegue demonstrar o princípio da propagação
radiofônica. Ele fez saltar faíscas através do ar que separavam duas bolas de cobre. Por
causa disso os antigos "quilociclos" passaram a ser chamados de "ondas hertzianas"
ou "quilohertz".



A partir daí outros pesquisadores começaram a se dedicar em aprimorar esta invenção, e
o rádio evoluiu rapidamente. Em 1893 o padre brasileiro Roberto Landell de Moura, faz
a primeira transmissão de palavra falada, sem fios, através de ondas eletromagnéticas.
Ele foi o precursor nas transmissões de vozes e ruídos. E em 1896, Gluglielmo Marconi
realiza as primeiras transmissões sem fios.


A primeira “estação-estúdio” foi instalada por Lee Forest em 1916 nos EUA, fazendo
acontecer então o primeiro programa de rádio que se tem notícia, e o primeiro registro
de radiojornalismo com a transmissão das apurações eleitorais para a presidência dos
EUA.

 A Era do Rádio


A partir de 1919 começa a Era do Rádio. A partir do desenvolvimento dos recursos do
bocal do telefone, em 1920, temos o surgimento do microfone. Após o término da
Primeira Guerra a empresa Westinghouse, que fornecia os aparelhos de rádio para as
tropas norte-americanas durante a guerra, viu seu estoque de aparelhos se acumular.
Decidiu então colocar uma antena no meio do pátio de sua fábrica e distribuir
música para os moradores do bairro, dando início a comercialização do produto e da
radiodifusão.


Esta época ficou conhecida assim devido ao crescimento surpreendente das quantidades
O Rádio no Brasil


A primeira transmissão de rádio no Brasil foi em 7 de setembro 1922 durante um
discurso do presidente Epitácio Pessoa durante o centenário da Proclamação da
República, onde também foi transmitida a ópera “O Guarani” de Carlos Gomes.
A primeira estação de rádio brasileira, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, foi fundada
em 20 de abril de 1923 por Edgard Roquette Pinto, o pai do rádio brasileiro, e Henry
Morize. Em 1936 ela foi doada por Roquette para o Governo Federal, hoje é conhecida
como Rádio MEC.


A época de ouro do Rádio


No início o rádio era programa para a elite da sociedade. A época de ouro do rádio
brasileiro vem a partir da década de 30 e vai até a de 50, com a popularização dos
programas e se consagrando como a principal fonte de informação e entretenimento
da população. Com a autorização do governo Vargas em 1932, o rádio passa a ter
publicidade divulgada em sua programação, começam a nascer os famosos jingles, spots
e comerciais que viriam a marcar a história da sociedade brasileira.

Com o início da Segunda Guerra, o rádio passou a ter papel importante na transmissão


de notícias sobre o assunto, a partir de 1939 começa o radiojornalismo. No Brasil ele
fica marcado pelo programa Repórter Esso, da Rádio Nacional. Em 1938 o Brasil
acompanha sua primeira Copa do Mundo de Futebol pelo rádio. Os programas musicais
e de auditório também faziam grande sucesso. A primeira radionovela brasileira foi
uma adaptação de uma obra cubana, “Em busca da felicidade” foi transmitida em 1941
e teve enorme audiência, permanecendo no ar por 3 anos, e impulsionou a criação de
outras. O rádio começa então a ter maior influência nos hábitos das pessoas e a marcar a
história do entretenimento brasileiro. A década de 50 ficou marcada pelas transmissões
acaloradas de partidas de futebol, que faziam os telespectadores não querem sair de
frente do rádio para não perder nenhum lance da partida, pois diante das locuções
sempre animadas dos locutores as pessoas achavam que a todo instante havia chances
de gol para os times.
Com a chegada da televisão o rádio vai perdendo especo no dia a dia das pessoas, seus
artistas e anunciantes passam a ir cada vez mais para o novo veículo de comunicação
de massa, e entra em declínio. Já a partir nos anos 60 o rádio já não é mais o mesmo em
termos de audiência e a Era de Ouro chega ao seu fim.

Em 1935 Assis Chateaubriand inaugura a Rádio Tupi

de emissores em tão pouco tempo. Nos EUA em 1921 eram apenas 4 emissoras, ao final
do ano de 1922 já eram 392. E não muito tempo depois as emissoras ganham o direito
de sobreviver com seus próprios recursos, dado ao rádio atividades comerciais.