quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O futuro do Jornalismo é Social?

por Leonardo Muratore



De tempos em tempos, novas tecnologias surgem e ameaçam extinguir meios de comunicação tradicionais. Mas para a surpresa de todos eles perpetuam e evoluem, como aconteceu com o rádio, os livros, e num futuro não muito distante, a Televisão.

O último a ser ameaçado é o jornal. Aquele de papel, que é vendido nas bancas ou entregue nas portas todo dia (se bem que até isso já mudou). A criação das redações online para suprir demanda de notícias nos grandes portais, e o nascimento das redes sociais colocam o 'velho sábio' em perigo de extinção. Mas não podemos subestimar a capacidade dessas mídias de se reinventarem.

O Wall Street Journal (WSJ) está lançando um aplicativo no Facebook.

A premissa do WSJ Social é simples, segundo entrevista da gerente de rede digital do WSJ, Alisa Bowen, para a Forbes, o próposito da investida é tornar o WSJ disponível aonde as pessoas estejam, além de criar uma nova experiência integrada, onde o conteúdo disponível na aplicação é 'curado' pelos usuários, ou seja, se torna um destaque se receber muitos comentários ou for muito compartilhado.




O aplicativo aproveita a plataforma e permite o compartilhamento das notícias, além da participação dos leitores e customização da página. Ele ainda permite  a criação de um filtro de interesses, para servi-los ainda melhor. O Wall Street Journal Social é gratis no primeiro mês.

Esse pode ser apenas o começo de uma explosão do “Jornalismo Social”, e não será surpreendente se ele próprio sofrer revoluções com o tempo. É um formato que pode nos mostrar as verdadeiras prioridades que os usuários das redes sociais dão a determinados tipos de notícia e assunto.

Se o social é o futuro do jornalismo ainda é difícil dizer, mas quem se propor a integrar papel, site, aplicativos e redes sociais pode conseguir que o jornal recupere a força de outrora, e que continue evoluindo.